Prefeito descartou ainda que duodécimos possam ser usados para efetuar pagamentos antes de aprovação da Lei Orçamentária

Em reunião na Prefeitura de Campos com representantes de diversas entidade e sindicatos que recebem verbas e repasses municipais, o prefeito Wladimir Garotinho (PP), subiu o tom contra a Câmara de Vereadores e seu presidente, Marquinho Bacellar (SD), acerca do impasse da votação da Lei Orçamentária Anual (LOA).
Ao comunicar aos presentes que, caso a LOA não seja aprovada até a semana que vem, hospitais, servidores e órgãos de assistência social não poderão receber um centavo da Prefeitura, Wladimir falou em “colapso”.
“Vai morrer gente em todas as esferas. Será um colapso total”, disse o prefeito, de forma incisiva. “E essa culpa não será minha”, completou.
Representantes de sindicatos de servidores, que antes da reunião com a Prefeitura encontraram-se com Bacellar, questionaram Wladimir sobre a possibilidade de efetuar os pagamentos através dos duodécimos, solução sugerida pelo presidente da Câmara.
“Duodécimos, crédito extra, é tudo mentira, balela”, afirmou Wladimir. “Duodécimos só podem ser usados no espaço de tempo entre a aprovação e a sanção da lei. A LOA nem sequer foi aprovada ainda”, enfatizou.
Representantes da Apae (Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais), Apoe (Associação de Proteção e Orientação aos Excepcionais), Irmãos da Solidariedade, entre outros, desenharam um quadro de desespero caso a prefeitura não faça os pagamentos por atraso na aprovação do texto orçamentário.
“Pessoas vão morrer de fome. Estou desesperada”, testemunhou Fátima Castro, presidente da Irmãos da Solidariedade.