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Artigo | Wladimir Garotinho – Prefeito de Campos
Há uma categoria de pessoas no mundo que se dedicam a uma estranha doutrina, a de ferrar com a vida dos demais por vaidade, sendo ela um dos pecados capitais.
Essas pessoas não se satisfazem com conquistas pessoais que alcançam, e mesmo que tenham muito mais que a média da população, ainda assim não guardam nenhuma empatia com o sofrimento alheio. São incapazes de “se colocarem no lugar do outro”, ou como ensina o cristianismo, “amar o outro como a ti mesmo”.
Sabemos que não é um exercício fácil na maioria das vezes, e existe em cada canto a tentação de ignorar o sofrimento alheio para que realizemos nossos próprios desígnios, alimentados por um egoísmo incontrolável.
Maquiavel que estabeleceu a Ciência Política em O Príncipe, desvendando os meandros da mais humana das atividades, a política, ficaria com vergonha de assistir o que a Presidência da Câmara tem feito com a cidade de Campos dos Goytacazes e seus cidadãos e cidadãs, tudo em nome de um suposto projeto político, que até agora, não tem outra direção senão a destruição:
- A destruição da atual administração;
- A destruição de qualquer projeto para a cidade e pior;
- A destruição dos laços civilizatórios de convivência entre adversários, queimando pontes e impedindo que o bom senso prevaleça.
Pois bem, enquanto esse comportamento atingiu apenas ao grupo político que eu represento, ainda que com certo desconforto por tanta selvageria e modos rudes, suportamos. O problema é que o atual Presidente da Câmara de Vereadores de Campos dos Goytacazes escolheu sequestrar a cidade e isso não permitiremos, e nem pagaremos resgate. Não negociamos, senão em bases republicanas.
Só isso, a defesa de interesses não republicanos pelo Presidente da Câmara, justifica seus atos insanos recentes, imobilizando o atendimento aos necessitados e colocando em risco a segurança financeira de servidores que terão seus vencimentos atingidos.
Sem dinheiro, o comércio não vende, e se não vende, não paga impostos e a cidade, que está em crescimento, desacelera.
Enquanto isso, Vossa Excelência, o Presidente da Câmara de Vereadores, tal qual Luís XIV que disse: “O Estado sou eu” junto de seus aliados receberão em dia seu pagamento, e não se importam com o prejuízo dos setores de atendimento aos mais pobres, pois eles não são pobres.
E como Maria Antonieta dirão: “Não têm pão, comam brioches”.
No nosso bom e velho português, eles dizem: Pimenta no olho dos outros é refresco.
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