Prefeito de Campos critica atuação de Marquinho Bacellar (SD) por seguidos adiamentos na aprovação da Lei Orçamentária Anual

Depois de mais uma sessão da Câmara de Campos, na noite de ontem (veja aqui), ser interrompida sem a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA), o prefeito Wladimir Garotinho subiu o tom de suas cobranças sobre o legislativo, em especial ao presidente da Casa, Marquinho Bacellar (SD). Disse que vai às últimas consequências e antecipa uma crise com a impossibilidade de pagar os servidores caso a LOA não seja aprovada pelos vereadores.
“Cabe crime de responsabilidade e até de improbidade”, alertou Wladimir, em mensagens enviadas ao J3 News. “Usaremos todos os argumentos na justiça. Vou até o STF se for preciso”.
O prefeito foi taxativo ao falar diretamente sobre a atuação de Bacellar no caso:
“Ele quer fazer guerra fria, quer ver quem vai ceder primeiro, mas eu não vou ceder a chantagem e a pedidos que não tem nada a ver com o bem-estar da população”.
O cabo de guerra entre Executivo e Legislativo campistas se arrasta há meses, com a LOA tendo sido protocolada para apreciação e eventuais alterações dos vereadores desde 30 de agosto, segundo o prefeito. No último dia 27, em audiência pública para apresentação da peça orçamentária, Wladimir já demonstrava grande insatisfação com o impasse.
“Questões políticas não podem ser colocadas acima dos interesses dos cidadãos e da cidade. As divergências políticas precisam ficar de lado quando o assunto resolver problemas comuns do dia a dia da sociedade”, disse o prefeito, à ocasião. “A Lei Orçamentária mexe com a vida de cada um de nós aqui”.
Wladimir prevê forte insatisfação do funcionalismo municipal a partir do dia 17, quando a prefeitura vai fechar a folha de janeiro. E chegou a pedir que a população vá bater à porta da Câmara caso os salários atrasem.
“Dinheiro tem, não vai ter é orçamento para pagar os funcionários. Se não tiver como pagar, os servidores têm de cobrá-lo (Bacellar)”, disse o prefeito ao blog do jornalista Arnaldo Neto. “Assim como hospitais e instituições que podem ficar sem repasses. O povo vai saber de quem é a culpa”.
A reportagem entrou em contato com a assessoria de Marquinho Bacellar para ouvi-lo sobre a questão, e aguarda reposta.