ex-secretário de Transportes do Rio demitido por Bacellar destaca potencial de atrair aliados de Castro e do presidente Bolsonaro
Washington Reis, ex-secretário de Transportes do Rio, demitido do cargo pelo presidente da Assembleia Legislativa do Rio, o deputado Rodrigo Bacellar (União Brasil), que cumpria a função de chefe do executivo interinamente devido a uma viagem de Cláudio Castro, anuncia sua candidatura ao governo do estado. Em entrevista ao jornal O Globo, Reis destaca seu apoio de figuras como Bolsonaro e lideranças evangélicas. Ao ser questionado sobre quem seria o “vice dos sonhos”, Reis comenta sobre o prefeito de Campos, Wladimir Garotinho. “Ele está no PP (hoje federado ao União Brasil, de Bacellar), mas vai sair. O MDB está de portas abertas”, diz.
Apesar de sua inelegibilidade atual, por conta da condenação por ser denunciado por causar danos ambientais a uma área da Reserva Biológica do Tinguá durante a gestão como prefeito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Washington Reis mostra confiança em sua candidatura. “Enfrento esse caso desde 2016, quando fui condenado, e já consegui ser candidato a prefeito em 2020 com um efeito suspensivo do STF. E, agora, a própria corte está começando a dar outro encaminhamento ao meu caso”, afirma.
Reis reafirmou que não pretende apoiar Bacellar nem se lançar como vice de outro candidato. “Esse projeto nasceu de maneira açodada. Por que, faltando mais de um ano para a eleição, eu teria de apoiar alguém? Também tenho legitimidade para ser candidato”, declarou, confirmando que seguirá solo na disputa de 2026.
Entre os seus apoios políticos, Reis cita a forte base evangélica. “Cresci na Assembleia de Deus. Todos me apoiariam. Edir Macedo e o Republicanos… R.R. Soares, Valdemiro Santiago, Silas Malafaia, Manoel Ferreira”, pontua, também destacando a proximidade de parlamentares bolsonaristas, como Sóstenes Cavalcante e Altineu Cortes. Do Solidariedade, aposta em Aureo Ribeiro. “Tenho certeza que se for seguir o coração, o deputado Aureo Ribeiro estará conosco. Mas entendo que ele seja presidente de um partido e a máquina pode atuar para moer a sigla dele”, diz.
Convicto de que pode “vencer a máquina” governista, lembrou outros casos: “Marcello Alencar também tinha a máquina nos 90, mas não elegeu o sucessor e Anthony Garotinho veio de fora da capital e venceu. Farei o mesmo. As pessoas não aguentam mais. De que adianta um Rio de Janeiro lindo, mas que você não dorme em paz enquanto o filho não chega em casa? Eu sei o que o estado precisa”, afirma.
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Fonte: O Globo
