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Entramos na penúltima semana de janeiro – logo, já avançando sobre a segunda metade do mandato Lula da Silva – sem que o horizonte à frente sinalize nada de positivo. Ao contrário, tanto na política como na economia, o governo enfrenta o pior momento, ressalvando que a administração petista não tem mais 4 anos – mas a metade disso.
TRATA-SE de realidade antiga, que se fez piorar sobremaneira nos últimos 10 anos, no 2º governo Dilma: recessão brutal, escândalos de corrupção e impeachment. Depois, com Temer, um breve ‘refresco’ na economia, seguido de Bolsonaro, com bravatas e atitudes incompatíveis com a liturgia do cargo, precedendo a pandemia que abalou o mundo. E novamente Lula, que com o País dividido, logo nos primeiros dias fez um estrago no mercado financeiro e nas relações internacionais com falas grotescas e desastrosas.
ASSIM estamos. Como o dito popular, ‘entregues’. O governo não consegue esboçar um plano executável e preliminar a todos os demais: conter os gastos públicos. Logo no começo de janeiro, a crise do dólar, que chegou a 6,18, fez um estrago. O BC correu para apagar o fogo e na sexta (17) fechou a R$ 6,08 – ainda muito alto.
A QUESTÃO do Pix foi um erro. O governo não se preparou, não informou de forma correta à população e a coisa desabou. Na base do mea-culpa, o Planalto reconheceu a demora para reagir às fake news e quando acordou era tarde. Conclusão: a Receita Federal voltou atrás e revogou as novas regras sobre monitoramento. A conclusão é que ao invés de evoluir, o governo retorna para fazer correções.
O PRESIDENTE LULA buscou mais uma vez ‘espichar’ o 8 de janeiro para tirar o foco de seus índices de desaprovação. Mas acabou numa solenidade esvaziada, que não surtiu o efeito esperado. Os chefes dos Poderes Legislativo e Judiciário não compareceram. No final, a repetição de que os “envolvidos pagarão pelos crimes” e ponto.
PESQUISA divulgada dia 10 pela AtlasIntel e divulgada pelo Estadão, apontou que Lula amarga a maior desaprovação desde o início do seu mandato, alcançando 49,8%. A aprovação ficou em 47,8 pontos e 2,4% não souberam opinar.
A PARANÁ PESQUISA FOI PIOR. Divulgada semana passada, apontou que 50,4% desaprovam e apenas 46.1% aprovam o governo. A margem de erro é de 2,2 p.p.
NO CENÁRIO colhido pelo Instituto Paraná para a disputa presidencial em 2026, na hipótese de um 2º turno em que aparecem apenas os nomes de Lula e Bolsonaro, o ex-presidente venceria por 45,7% contra 42.2% do líder petista. Contudo, Jair Bolsonaro está inelegível e, salvo se reverter decisão da Justiça, não poderá concorrer em 2026.
POR FIM, afora o aumento do salário de duas assessoras da primeira-dama, Janja Lula da Silva, ambas lotadas no gabinete presidencial (uma passando de R$ 11,3 mil brutos por mês para a 14,8 mil; e outra, de R$ 14,8 mil, para R$ 18,4 mil) – não há nada de favorável a registrar.
ENQUANTO O PAÍS não conseguir, na política, na economia e demais setores capitais, vencer os obstáculos toscos, da falta de planejamento eficaz e do populismo, eliminando a ferrugem e os detritos, o gigante chamado Brasil não vai conseguir zarpar para um horizonte promissor, que pela grandiosidade de suas riquezas deveria ser – e é – seu destino.