Dermatologista destaca que a proteção é essencial sempre que houver exposição

Saúde

18 de dezembro de 2023 – 0h34

A estação mais quente do ano começa, oficialmente, na próxima sexta-feira (22), mas as altas temperaturas já fazem parte do dia a dia dos campistas desde setembro. O mês que marca a chegada do verão também levanta a bandeira da conscientização sobre a necessidade de prevenção e detecção do câncer de pele, que é a campanha do Dezembro Laranja, realizada pela Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD). De acordo com a dermatologista e colunista do J3News, Dra. Olivia Assed, não existe exposição solar saudável sem que haja a proteção necessária e detalha quais são os cuidados básicos e essenciais necessários.

“Também não existe exposição solar liberada pelo fato de estarmos protegidos. Claro que sempre prevalece o bom senso. A grande prevenção ao câncer de pele é a fotoproteção de formas associadas. Uso regular a cada 2-3 horas de filtro em creme, roupas que contenham proteção UV no tecido, chapéus e viseira. Formas diferentes de se proteger garantem uma proteção mais eficaz”, pontua a dermatologista.

Com as alterações climáticas recorrentes, as adaptações tornam-se necessárias para equilibrar os prós e contras para a saúde. Já que, segundo o Ministério da Saúde, o contato com a luz do sol é importante para a saúde e o bem-estar. No entanto, por outro lado, o próprio órgão orienta que a exposição excessiva, e feita de maneira inadequada, pode ter papel decisivo no surgimento do câncer de pele.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), o tumor maligno mais incidente no país é o de pele, somando 31,3% dos casos. A estimativa do Inca aponta que são esperados 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025. Os tipos de câncer de pele mais comuns são os carcinomas basocelulares e os espinocelulares, responsáveis por 177 mil novos casos da doença por ano. Mais raro e letal que os carcinomas, o melanoma é o tipo mais agressivo de câncer da pele e registra 8,4 mil casos anualmente.

A especialista esclarece que a detecção do câncer de pele ocorre a partir do exame clínico, mas existem sinais e sintomas que ajudam no autoexame e na busca precoce pelo atendimento especializado.
“Alguns sinais de alerta são o surgimento de novas lesões, assim como a modificação de lesões já existentes, lesões que sangram e não cicatrizam, a modificação da cor, do contorno, do relevo e, claro, o crescimento dessas lesões”, explica Dra. Olivia.

Cinco situações são apontadas pela dermatologista como principais fatores de risco para o surgimento do câncer de pele: “exposição solar crônica, histórico familiar, pele muito clara, do tipo que sempre se queima no sol e não se bronzeia; já ter tido muitas queimaduras na vida, que deixam a pele vermelha e ardendo; e ter muitas pintas e sardas”, conclui Olívia Assed.

Nova onda de calor
As ondas de calor vêm atingindo grande parte do Brasil desde novembro e na última semana, após um período mais fresco, as altas temperaturas voltaram a fazer parte da rotina, inclusive no Estado do Rio de Janeiro. Segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o país está em alerta, com temperaturas que devem ficar acima da média durante o verão. Em muitos municípios, os termômetros devem registrar mais de 40ºC. Os principais sinais de alerta são transpiração excessiva, fraqueza, tontura, náuseas, dor de cabeça, cãibras musculares e diarreia, segundo informações do Ministério da Saúde, que também enfatiza a importância da hidratação, uso de roupas leves, diminuição do esforço físico, entre outros fatores.

Dezembro Laranja
Apesar de o verão estar vinculado a necessidades maiores com relação ao calor, o câncer de pele é uma doença que pode surgir em qualquer época do ano. A campanha Dezembro Laranja reforça a busca pela conscientização e cuidados, enfatizando que a prevenção é o melhor caminho. Principalmente porque o Brasil é um país tropical, que convive com altas exposições solares praticamente o ano inteiro.

Share.

Leave A Reply

Exit mobile version