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Mercado de trabalho e benefícios do governo explicam queda

Geral

4 de dezembro de 2024 – 19h20

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O Brasil registrou em 2023 os menores índices de pobreza e extrema pobreza desde que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) começou a realizar a pesquisa Síntese de Indicadores Sociais, em 2012. Embora os números mostrem uma melhora, a pesquisa divulgada nesta quarta-feira (4) ainda aponta que 58,9 milhões de brasileiros viviam em situação de pobreza e 9,5 milhões em extrema pobreza no final do ano passado. Esses dados referem-se à chamada pobreza monetária, em que a família não tem recursos suficientes para garantir o bem-estar básico.

A definição de pobreza e extrema pobreza utilizada pelo IBGE segue os critérios do Banco Mundial. Para a extrema pobreza, considera-se quem vive com menos de US$ 2,15 por dia (equivalente a R$ 209 por mês), e para a pobreza, o limite é de US$ 6,85 por dia (ou R$ 665 por mês). Em 2023, a proporção de brasileiros em extrema pobreza foi de 4,4%, uma queda significativa em relação aos 6,6% registrados em 2012 e 5,9% em 2022. Em um ano, 3,1 milhões de pessoas saíram dessa condição.

Quanto à pobreza, 27,4% da população brasileira ainda vivia com rendimentos abaixo de US$ 6,85 por dia em 2023, um avanço em relação aos 34,7% de 2012 e 31,6% em 2022. Entre 2022 e 2023, cerca de 8,7 milhões de brasileiros deixaram a condição de pobreza. No entanto, a pesquisa revela que, apesar da queda nas taxas, mulheres, negros (pretos e pardos) e jovens continuam sendo as maiores vítimas desses índices.

Entre as mulheres, 28,4% estão na pobreza, enquanto entre os homens, esse índice é de 26,3%. Quando se analisa a extrema pobreza, 4,5% das mulheres estão nessa condição, contra 4,3% dos homens. Em relação à cor, a pesquisa indica que 17,7% dos brancos são pobres, enquanto a porcentagem sobe para 35,5% entre os pardos e 30,8% entre os pretos. No caso da extrema pobreza, a situação é mais grave entre os pardos (6%) e pretos (4,7%), comparado a apenas 2,6% entre os brancos. A pesquisa também revela que a população jovem tem taxas de pobreza bem superiores à média nacional, com 44,8% das crianças de até 15 anos e 29,9% dos jovens de 15 a 29 anos vivendo em situação de pobreza. Já a população acima de 60 anos apresenta índices bem menores, com 11,3% na pobreza e 2% na extrema pobreza.



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