Em 2023, de janeiro a março, foram registrados 196 casos prováveis da doença

Saúde

5 de fevereiro de 2024 – 11h37

Foto: Arquivo/Ilustração

Devido às fortes chuvas do início do ano, os especialistas da gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), alertam para a alta probabilidade de contaminação por doenças como a leptospirose. Em 2023, foram registrados 442 casos prováveis de leptospirose no estado do Rio de Janeiro, 196 desses concentrados apenas entre os períodos de janeiro a março do ano passado. Os dados são do documento elaborado pela SES-RJ neste verão e distribuído aos municípios enfatizando a necessidade de intensificação na vigilância da leptospirose e na preparação dos serviços de assistência ao paciente.

O documento apresenta o cenário da leptospirose no estado, oferece orientações à população em casos de contato com água ou ambientes que podem estar contaminados com a doença e o protocolo de atendimento a ser seguido pelas equipes de vigilância epidemiológica municipais.

Segundo Cristina Giordano, gerente de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da SES-RJ, a medida se faz necessária pela maior probabilidade de contato com água e alimentos contaminados durante as enchentes.

“Com a recorrência das chuvas nesse período de verão, o risco de infecção por leptospirose é maior. A doença é causada pela exposição direta ou indireta à urina de roedores. A penetração do microrganismo ocorre através da pele que fica imersa por longos períodos em água contaminada, lama ou por outros tipos de transmissão possíveis, como contato com sangue, tecidos, órgãos de animais infectados, ingestão de água ou alimentos contaminados”, ressaltou Cristina.

Uma das recomendações da Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses da SES-RJ é a atenção aos sintomas que podem aparecer para quem teve contato com locais contaminados e diferenciar os sinais de outras causas de doenças febris agudas. Geralmente, a fase precoce da leptospirose dura aproximadamente de 3 a 7 dias e caracteriza-se pelo aparecimento repentino de febre, acompanhada de dor de cabeça, dor muscular, anorexia, náuseas e vômitos, além de diarreia, dor em uma das articulações, fotofobia, dor ocular e tosse.

Entretanto, como nenhum desses sinais da fase precoce são específicos o suficiente para diferenciar a doença de outras síndromes febris agudas, é recomendável uma completa análise médica com o levantamento da história epidemiológica do paciente. Além de orientações para população em geral, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ) recomenda que profissionais de saúde, militares e equipes da Defesa Civil utilizem equipamentos de proteção individual (EPI) durante as ações de resgate em áreas alagadas.

Fonte: Governo RJ

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