Luise Lisieux Waked faz parte da lista de pesquisadores e profissionais palestrantes do II Simpósio de Genética, em Campos dos Goytacazes

Nos dias 27 e 28 de junho, aconteceu o II Simpósio de Genética da Região Norte e Noroeste Fluminense, em Campos dos Goytacazes, promovido pelo laboratório XY Diagnose e Grupo IMNE. O assunto é tema de reportagem especial do J3News (leia aqui) desta semana. A médica hepatologista Luise Lisieux, uma das palestrantes do evento científico, abordou o tema “Testes Moleculares em Hepatologia”. Nesta entrevista, ela detalha o assunto e avalia o simpósio.
Sobre o tema abordado no II Simpósio, como avalia a discussão junto aos participantes?
Uma excelente oportunidade de discutir sobre a importância dos testes moleculares em diversas especialidades, inclusive na hepatologia, minha área de atuação. Com o avanço da genômica, e outras tecnologias de biologia molecular, tornou-se possível compreender com maior profundidade a fisiopatologia das doenças hepáticas, o que abriu caminho para diagnósticos mais precisos, terapias personalizadas e estratégias de prevenção mais eficazes.


Qual a importância dos testes moleculares atualmente?
Do ponto de vista clínico, os testes moleculares têm papel crucial no diagnóstico de doenças genéticas hepáticas, como a hemocromatose hereditária, a deficiência de alfa-1 antitripsina, a doença de Wilson e as colestases genéticas. Além disso, no contexto das hepatopatias crônicas, como a esteatose hepática associada a disfunção metabólica (MASLD) e as hepatites virais, os testes permitem estratificação de risco, monitoramento de resposta terapêutica e avaliação prognóstica com maior acurácia. Assim, os testes moleculares na hepatologia não apenas transformam a prática clínica diária, como também ampliam o horizonte da pesquisa biomédica, reforçando a necessidade de integração entre médicos, geneticistas, pesquisadores e instituições de saúde.
O que considera relevante destacar sobre testes moleculares e o futuro na área da genética?
Investir nesse campo é essencial para promover uma medicina mais personalizada, preventiva e eficaz, com impacto direto na qualidade de vida dos pacientes e nos desfechos clínicos a longo prazo.
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