A ação, que percorrerá 100 bairros, mobiliza 95 agentes, além de supervisores e pessoal de apoio técnico administrativo

O combate à dengue em Campos vai se intensificar a partir da semana que vem, quando Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) realiza 1º Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa) deste ano. A pesquisa amostral, entre 8 e 12 deste mês, permite o conhecimento de forma rápida do índice de infestação do mosquito transmissor da dengue, da zika e da chikungunya, além de identificar a predominância dos recipientes nos quais o mosquisto deposita seus ovos.
Ao longo do ano, serão realizados quatro LIRAa, conforme determinação do Ministério da Saúde. A área urbana do município foi dividida em 19 estratos, onde os Agentes de Combate às Endemias (ACE) vão vistoriar 8.198 imóveis em 630 quarteirões dos 100 bairros selecionados para a ação. A ação envolve 95 agentes, além de supervisores e pessoal de apoio.
“Os focos recolhidos serão identificados e encaminhados para análise laboratorial, que indica qual a espécie do vetor”, explica o coordenador do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), Claudemir Barcelos. “Também é registrado o tipo de criadouro com predominância larvária. Com esses dados, desenvolvemos atividades de combate ao mosquito”.
Concluída a pesquisa, os resultados são enviados à Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (SES/RJ) e ao Ministério da Saúde, o que está previsto para a semana seguinte ao trabalho de campo.
Em janeiro do ano passado, o índice foi de 5,2% de infestação do Aedes aegypti, seguido de queda contínua: 4,5% em maio, 3,3% em agosto e 2,4% em outubro.
“O índice pode ser maior que o apontado em outubro, pois o clima está muito propício à proliferação da dengue e outras arboviroses. Para diminuir esse risco, estamos trabalhando na cidade e, principalmente na praia de Farol, onde há maior circulação de pessoas neste período”, diz o diretor do CCZ, Carlos Morales, ressaltando que o município está em estado de alerta.
De acordo com a metodologia, o nível de infestação abaixo de 1% é considerado de baixo risco. De 1% a 3,9% é de médio risco. Já acima de 4%, é considerado alto risco. Além do LIRAa, o CCZ mantém outras atividades de combate ao vetor e, consequentemente, o controle de arboviroses no município, como, por exemplo, visitas domiciliares bimestrais, visitas quinzenais aos Pontos Estratégicos, bloqueio aeroespacial com carro fumacê e com bomba costal, além de monitoramento com armadilhas Ovitrampas.