Equipamentos com técnicas inovadoras chegam para trazer maior eficácia no tempo e segurança no tratamento

Geral

8 de março de 2024 – 14h15

Foto: Lucas Iskihavony

O BedaLab reuniu a comunidade médica de Campos na noite desta quinta-feira (7), para apresentar avanços na prevenção de infecção hospitalar. No centro da conversa, esteve a inovação que o laboratório está adquirindo para obter maior eficácia no tempo e segurança no tratamento de casos infecciosos. A diretora administrativa do Grupo Imne, Martha Henriques, prestigiou a iniciativa.

Responsável técnica pelo Bedalab e organizadora do evento, Ana Paula Neves destacou que o encontro teve como intuito levar aos especialistas reunidos o que há de melhor no mercado de medicina laboratorial:

“Apresentamos aos colegas esse trabalho inovador na microbiologia, capaz de auxiliar no diagnóstico mais rápido e preciso e no controle de uma infecção hospitalar”, pontuou.

O 3º Encontro BedaLab Controle em Ação contou com uma palestra da especialista Adriana Ferreira. Ela é bióloga, com atuação na área de microbiologia.

“A gente conversou um pouco sobre automação em microbiologia, a análise microbiológica. A gente está substituindo a microbiologia clássica, onde o processo é todo manual, pela utilização de equipamentos super modernos, vindos da Itália, com enorme capacidade de otimizar os resultados no acompanhamento de uma possível infecção até o fechamento do diagnóstico. Fazer a avaliação de material clínico de microorganismos é um trabalho que leva às vezes dias. Na microbiologia clássica, para entrar na cultura de um microorganismo e liberar uma indicação negativa se leva de 24 a 48 horas, no mínimo. Enquanto você pode levar até cinco dias para liberar o resultado de algo positivo (para infecção). Isso se tratando de um paciente que está internado, precisando de uma agilidade nesse processo para que o médico possa ter uma ação mais efetiva no tratamento”, explicou. E acrescentou:

“A automação da microbiologia tem a finalidade de ajudar nessa análise e dar celeridade nesse processo. Para isso, contamos atualmente com dois equipamentos, o HB&L e o I-dOne. O HB&L vai fazer a análise de uma cultura de urina, por exemplo, e liberar em no máximo cinco horas, o resultado de uma cultura negativa (quando não há infecção). Assim, uma análise que levaria 48 horas é feita no mesmo dia que o material é coletado. Ele faz também uma análise de material de rastreamento quando o paciente chega após ser transferido de outra instituição – chamada cultura de vigilância. Ele verifica se há infecção por microrganismos multiresistentes, que são capazes de dificultar o tratamento. Caso seja positivo, o paciente passa a ser tratado em isolamento, para não haver a transmissão cruzada dessa infecção, protegendo assim outros pacientes. Por outro lado, se o resultado for negativo, com o diagnóstico liberado logo nas primeiras horas, o paciente não precisa ficar em isolamento e a unidade ainda libera mais leitos para que possa atender outras pessoas”, completou a microbiologista.

A infectologista Andreya Moreira destacou a relevância da inovação em todo esse processo:

“É de extrema importância a eficácia e a segurança no tratamento e mna definição de como ele vai ser feito. Uma ganho que essa nova técnica inovadora está nos trazendo. Vai fazer total diferença na sobrevida do paciente, que quanto mais rápido a gente tratar, melhor vai ser ser o desenvolvimento dele dentro da unidade e assim, aumenta a possibilidade de resultados mais eficazes”, afirmou.

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