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    Deborah Casarsa – Flores muito além do Jardim

    16 de novembro de 2025Nenhum comentário10 Mins Read
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    Deborah Casarsa – Flores muito além do Jardim
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    Geriatra alerta sobre necessidade de debater políticas de saúde para a longevidade

    (Foto: Divulgação)

    No primeiro momento da aprendizagem escolar, ao se falar em Jardim, isso remete à infância, ou seja, ao jardim de infância, primeiro passo do ciclo de aprendizagem. Milhares que passaram pelo jardim de infância fizeram há uma semana a prova do Enem em busca de uma vaga na universidade. E o tema da redação foi interrogativo, sobre como o país está se preparando para o momento em que o número de idosos será bem maior.

    A geriatra Deborah Casarsa, que dirige uma clínica e um instituto que leva seu nome, definiu o tema da redação “como flores para o meu jardim” e não minimizou. Para ela, o país está muito atrasado diante dessa realidade irreversível. Existe um clássico no cinema chamado “Muito além do Jardim”, e  Débora, com uma lucidez acadêmica rara, vai muito além, afirmando que infelizmente a sociedade está muito aquém do necessário.

    Você bem novinha fazendo medicina, optou pela geriatria. Normalmente não é a primeira opção da turma. Por que essa escolha?

    No meu dia a dia, particularmente, eu tinha sempre um afeto diferenciado com as pessoas mais velhas da minha família. Tinha muita admiração verdadeira pelo meu avô Romeo e pela minha avó materna também. E eu passava muito dos meus dias, que meus pais trabalhavam, com eles. Tinha uma admiração e um afeto mais especial, mas foi no quinto ano da Faculdade de Medicina, na aula do professor Renato Moreto, onde ele mostrou a pirâmide etária, dizendo que num futuro próximo, que essa pirâmide tenderia a inverter, nós iríamos ter um número muito maior de idosos e que não existiam profissionais para cuidar dessa população. Lembro-me como se fosse hoje, dentro da faculdade. E aí eu falei: nossa, acho que é por aí e serei uma das primeiras. É isso que eu quero. Foi o primeiro start.

    Mas parece que há uma contradição, porque o Dr. Renato era pediatra, né?

    Isso. Era na aula de pediatria. Foi na aula dele, que parou para falar sobre isso.A primeira vez que eu ouvi uma coisa que me despertou, foi na aula dele, e ele dava aula de filosofia também, ele era um filósofo. E aí, ele era da cadeira de pediatria. Fazia com filosofia, e quando o Renato botou aquela pirâmide, eu lembro como se fosse hoje, na tela, eu falei, acho que é isso. Isso abriu o meu caminho na medicina.

    Você hoje exerce a profissão em dois endereços, uma clínica que leva teu nome e um instituto. Detalhe cada um desses espaços.

    Antes disso, a saúde pública teve uma importância muito grande nesse caso. Sinceramente, eu sempre quis deixar alguma coisa nesse sentido também e aí eu tive a oportunidade de um convite inesperado para assumir a direção da saúde do idoso do município, um tempo atrás. E ali eu vi a oportunidade, e já estava trabalhando muito, porque sou, assumo, viciada em trabalhar, mas tinha vontade de deixar alguma coisa… não vou chamar de legado, mas eu acho que eu tinha uma missão aqui. E aí, quando eu vi esse convite, eu falei: é a oportunidade de abrir um centro de doença de símbolos demenciais, porque a minha formação foi muito direcionada para demências. Tive uma noção ainda maior sobre isso com minha passagem pela Universidade Federal Fluminense (UFF) de Niterói. Depois eu abriria esse centro de doença de Alzheimer em Campos. E aí, eu apresentei para o Conselho Municipal de Saúde, que foi aprovado por unanimidade. Então, abri meu primeiro projeto de centro de doença de Alzheimer, quando quase ninguém falava sobre isso. Era uma portinha em Guarus com uma equipe formada por quatro pessoas.

    Um desafio enorme vencido?

    Sim. Fiz todas as estratégias, tudo com dificuldade como em todo serviço público, mas com uma vontade muito grande e comprometimento. Deu muito certo, e as pessoas começaram a chegar com déficit de memória, com alterações cognitivas e a coisa foi tomando proporção. Aí, posteriormente, eu ganhei uma casa para sediar isso aqui em Campos e a gente foi aumentando a equipe… os governantes foram entendendo a necessidade, mas pouca gente sabia o que era demência ainda. Todo mundo considerava que era uma esclerose, que era, enfim, menos do que era um processo neurodegenerativo. Eu vi que aquilo dava certo e fui abrir a minha clínica particular com esse viés. Abri a minha clínica para tratar esses pacientes idosos, mas muito voltado para neuropsiquiatria geriática, certamente por influência da história do meu avô, Dr. Romeu, um grande nome da psiquiatria. Nesse contexto, resolvi que eu ia estudar realmente saúde do idoso, e cuidar da mente deles. Acabei unindo as coisas. Minha clínica  funciona no edifício Platino, onde eu atendo os meus pacientes com todas as suas demandas clínicas. Mas, principalmente, as doenças neurodegenerativas como as síndromes demenciais, não só do tipo Alzheimer, mas de todos os tipos de demência, assim como também outras doenças que não são demências. Então, minha área é dentro da saúde mental do idoso. Eu me dediquei no consultório a isso.

    E o Instituto?

    Entramos em uma nova era, para além da medicação, trabalhando nesse processo neurocognitivo. Era preciso oferecer mais. Técnicas de estimulação cognitiva, onde eu vejo possibilidade de aumentar a reserva desse meu paciente, que são como se a gente formasse estoques de memória, porque o nosso cérebro não é rígido, ele é neuroplástico. Eu vi ali uma possibilidade de conseguir preservar por mais tempo, e que fosse dois anos, três anos, a dignidade para o paciente que tem demência. Tudo isso envolveu muito estudo em São Paulo, cursos que eram raros. Levei duas psicólogas do meu consultório para a gente aprender sobre a técnica de estimulação cognitiva. Voltei encantada e motivada. Tudo isso resultou na abertura do meu Instituto e felizmente tudo deu certo. A primeira turma cresceu, a segunda cresceu, a terceira cresceu. Lá trabalhamos também a reserva motora desse paciente e eu precisava deste espaço para continuar com a técnica de estimulação cognitiva, porque o interesse só crescia. E aí eu ampliei a área de 75 metros para 200 metros quadrados. Agora temos várias turmas de estimulação cognitiva e níveis diferentes, onde se observa variados fatores. O nível de escolaridade importa para a divisão das turmas, porque antes deles fazerem as técnicas de estimulação, passam por avaliação neuropsicológica completa com testes cognitivos, que trouxemos do Canadá e dos Estados Unidos que nos permitem investigar como está de fato essa vulnerabilidade cognitiva, para a gente entender que técnicas e ferramentas vamos usar especificamente para aquele grupo. É preferível usar a estimulação cognitiva em grupo não individual, porque o pertencimento a um grupo é extremamente motivador.

    E como funciona?

    Fazemos todas as práticas com eles, dividido com o nível de escolaridade e também com o nível de cognição, por isso que não pode entrar em qualquer turma, a gente tem que entender a problemática desse paciente. Lá eu falo de saúde, além de ter as turmas com demência ou então apenas de declínio cognitivo. Então as lúcidas, que são filhas de pacientes com demência, que têm a prevenção de desenvolver a doença, participam efetivamente. E tem gente que vai lá realmente para tentar frear o processo.

    Saúde como um todo, seria isso?

    No Instituto a gente fala de saúde e no consultório a gente fala mais de doença, mas lá no Instituto eu trago profissionais com vários assuntos diferentes sobre o processo de envelhecimento. Fizemos agora um Talk 60+, e um dos temas abordados foi o etarismo e a gerontofobia.

    A sociedade está se preocupando com o próprio envelhecimento dela? O tema da redação do Enem foi exatamente isso. Você acha que a sociedade, a pessoa que está com 25 ou menos, já começa a se preocupar com os seus 60 a mais, defendendo os direitos que ela vai usar no futuro?

    De jeito nenhum. Somos todos extremamente despreparados. Existe uma crença negativa interiorizada, uma cultura que nunca foi de valorização dessa pessoa idosa. Os jovens são pouquíssimos interessados e muito imediatistas, sem tempo de escuta. Então esse convite do Enem foi  “Flores no meu Jardim”, onde a gente foi finalmente convidado a discutir o processo de envelhecimento. Em 2030, os 60 mais serão 30% da população.

    Dizem que a arte faz bem e um exemplo disso é a lucidez da Fernanda Montenegro, que está com 96, e ainda consegue declamar, subir no palco. Seria isso?

    É um bom exemplo. As pessoas devem procurar coisas boas para fazer, para pensar. Primeiro a gente tem que achar prazer nas coisas que a gente faz, porque quando a gente mexe com emoção, as memórias fervilham. Existe um ânimo nisso. E em envelhecer ninguém está romantizando. Existe ainda muita limitação. Embora as políticas públicas até existam, muita gente acha que não existe. E não existe de forma eficiente, mas está lá escrito, a gente tem a política natural. Internacional do Idoso, antiga, lá de 94. Temos o Estatuto do Idoso, lá de 2003, depois teve a Política Integral da Saúde do Idoso, Visão do Envelhecimento Ativo, e finalmente, uma Política de Enfrentamento às Demências, agora em 2024, mais flores do meu jardim. Eu que lutei tanto quando ninguém falava sobre isso, vejo que o jardim começa a florir. Isso para mim é respirar de novo. E as artes, a música, a leitura, o palco, trazem emoção. A musicoterapia tem um papel fundamental, trazendo memórias de longo prazo e é assim com todas as formas de arte, como a dança. No Instituto, eu tenho as oficinas neurocriativas. Eles fazem uma hora de música, uma hora de dança e uma hora de trabalhos manuais, até para trabalhar a motricidade, coordenação motora, já que isso vai se perdendo ao longo dos anos. Esse é o dia que eles mais conversam, que a gente chama de um dia menos técnico, de um dia mais lúdico, que é fundamental, porque também são atividades de grupo. A gente precisa pertencer, a gente precisa ter projetos de vida, porque o etarismo já faz a gente estar num lugar que a gente não precisa estar mais. É preciso acabar com o medo de envelhecer, e pôr fim ao estereótipo de que o envelhecimento é ruim, que o velho é ruim.  Eu tenho alunas de 90, 98, 99, lúcidas, maravilhosas, ativas e capazes, conversando sobre séries, recomendando sobre séries, lendo jornais, falando de inteligência artificial. Quando eu vejo isso ali dentro, não tem como eu não me sentir animada e saber que eu estou no caminho certo.

    E em que idade a pessoa deve fazer a primeira consulta com um geriatra?

    Assim que perceber algumas limitações. A prevenção é o caminho da longevidade. A medicina de estilo de vida vem cada vez mais forte, mostrando a importância de uma alimentação saudável, atividade física regular,  manejo do estresse… esse conjunto de coisas. Fiquei muito feliz com esse tema do Enem. Precisamos falar muito sobre isso e não podemos adiar para a próxima geração a solução deste problema, porque a próxima geração já terá 60 anos.

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