Vítima, uma mulher de 44 anos, está em observação no Hospital Ferreira Machado e passa bem
Mais um ataque de cão de grande porte foi registrado em Campos. O incidente aconteceu na terça-feira (4), na Travessa Colombo Paravidino, no Parque João Maria, quando uma mulher, de 44 anos, passeava com seu próprio animal.
O dono do cão deixou o portão da residência aberto enquanto varria a frente, quando a mulher passou com seu pet e foi surpreendida pelo ataque. Ela tentou se proteger e proteger o seu cachorro, mas acabou sendo derrubada. Vizinhos ouviram os gritos de socorro e conseguiram conter o animal, evitando o que seria uma tragédia. O animal atacado não sofreu ferimentos.
De acordo o Corpo de Bombeiros, a equipe foi acionada por volta das 11h e encontrou a vítima com ferimentos provocados pelas mordidas do animal. Ela foi encaminhada ao Hospital Ferreira Machado (HFM) e passa bem. Segundo a unidade, a paciente teve lesões no couro cabeludo, fez sutura e curativo, tomou vacina antitetânica, foi medicada e está estável, em observação.
Mais um caso
Um bebê de 10 meses está internado em estado grave após ser atacado por um cão da raça pitbull também na manhã de terça, na Baixada Campista. O caso também deixou feridos o irmão da criança, de 2 anos, e a babá, de 29 anos. No momento, familiares do bebê, estão pedindo, de forma voluntária, a doação de qualquer tipo sanguíneo à criança, que está no HFM.
J.H.M. de S. sofreu mordidas na cabeça, face, abdômen, tórax e pernas. Ele passou por cirurgia ainda na manhã de ontem e segue internado, em observação na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica (UTIP), de acordo com a assessoria do HFM.
Os interessados em doar devem procurar o Hemocentro de 7h às 18h, na Rua Rocha Leão, nº 2, bairro Caju, anexo ao HFM, com entrada pelo estacionamento, e informar que a doação é destinada à criança. O bebê perdeu bastante sangue devido aos ferimentos e apresentou uma piora durante o trajeto até a unidade hospitalar, segundo informações.
J3News abordou regras para circulação de cães considerados perigosos
No início de junho, um idoso de 81 anos morreu em Campos após ser atacado por dois cachorros da raça pitbull que pertenciam a ele. A vítima chegou a ser hospitalizada por cinco dias, mas não resistiu. Em 2024, o caso da escritora Roseana Murray teve repercussão nacional. Ela perdeu um braço após ser atacada por pitbulls de um vizinho, em Saquarema.
Em reportagem especial, o J3News abordou, ainda em junho, a Lei Estadual 4.597/2005, que estabelece regras para a posse e circulação de cães considerados perigosos — como pitbull, fila, doberman e rottweiler — com obrigatoriedade do uso de focinheira em locais públicos, por exemplo.
De acordo com informações do Ministério da Saúde, entre 2020 e 2023, o Brasil contabilizou 156 fatalidades decorrentes de mordidas ou ataques de cães. Em 2023, foram 51 vítimas, representando um aumento de 27% em comparação com 2022, que registrou 40 óbitos. Em 2020 e 2021, foram listadas 32 e 33 mortes, respectivamente. Subnotificações ocorrem em todo o território nacional, o que indica que o número real de vítimas pode ser ainda maior.
