O local tornou-se referência regional por sua equipe e tecnologia de ponta
O Centro Nicola Albano UTI Neonatal e Pediatria começou suas atividades em Campos dos Goytacazes em 1994. A instituição, que integra o Grupo IMNE, também atua em Macaé. Tornou-se referência regional, em todo o estado do Rio de Janeiro e no Brasil, por sua equipe altamente qualificada, além da tecnologia de ponta utilizada no cuidado de bebês prematuros. A excelência dos serviços foi conferida por um dos pioneiros da neonatologia no país, o médico Luiz Eduardo Miranda, que preside o 27º Congresso Brasileiro de Perinatologia. Ele foi recebido pelo diretor-presidente do Grupo IMNE, Dr. Herbert Sidney Neves, pela diretora do Centro Nicola Albano, Laura Dias, e pela diretora administrativa, Martha Henriques.
O diretor-presidente do Grupo IMNE, Herbert Sidney, comentou sobre a importância de ter a presença do neonatologista Luiz Eduardo Miranda na instituição.
“Estamos nos referindo a um ícone da neonatologia no Brasil. Quem iniciou a neonatologia em nosso país foi ele, junto com o professor Nicola Albano, hoje falecido. Tudo que é relacionado à neonatologia, seja em congressos ou simpósios, o nome Luiz Eduardo Miranda é referência. Para nós, além da grande amizade que temos, é uma satisfação imensa recebê-lo na nossa UTI Neonatal e em nosso Hospital Dr. Beda. Ele é uma pessoa que, em qualquer situação envolvendo pediatria, apresenta formalmente a capacidade de um homem que transformou a neonatologia brasileira em um serviço de referência”, comenta Dr. Herbert.
Pioneirismo
O médico Luiz Eduardo Vaz Miranda é formado pela UFRJ desde 1972. Fez residência em pediatria e fellowship em neonatologia nos Estados Unidos. Foi professor da UFRJ, presidiu a Sociedade Brasileira de Pediatria e dirigiu, por mais de 30 anos, o Centro de Prematuros do Rio de Janeiro. Membro da Academia Brasileira de Pediatria desde 1974, ele treinou profissionais no Brasil e no exterior e segue como conferencista na área. Atualmente, preside e organiza o 27° Congresso Brasileiro de Perinatologia, que ocorrerá em novembro de 2025, no Rio. Sobre visitar o Centro Nicola Albano, ele comentou:
“Estar aqui tem muitos significados. Nicola Albano foi um grande amigo e me iniciou na neonatologia há mais de 50 anos, quando a especialidade ainda estava desprovida de tecnologia. Existia apenas a vontade de assistir bebês prematuros, mas sem centros, equipamentos ou suportes adequados. O Brasil evoluiu significativamente. Hoje estamos bastante avançados. Salvar um bebê de 21 semanas já é realidade aqui, assim como no Japão. Mas não basta apenas a sobrevivência; precisamos garantir qualidade de vida. Em 1978, inauguramos no Rio de Janeiro a primeira UTI Neonatal do Brasil. A infraestrutura era importante, mas o recurso essencial era o pessoal. Nossa unidade serviu de modelo, e outras cidades e estados passaram a desenvolver suas próprias UTIs. Campos é motivo de orgulho, pelo legado do doutor Nicola Albano e pelo trabalho da equipe atual. Quem quiser aprender neonatologia deve buscar estágio ou residência aqui. Saem muito bem formados, sem a menor dúvida”, afirma.
Experiência e qualificação
A médica Laura Dias, diretora do Centro Nicola Albano, fez uma análise sobre a trajetória da instituição nas três décadas de atividades em Campos e Macaé. “Eu comecei na neonatologia com Nicola Albano e Luiz Eduardo Miranda. Aprendi metodologia, disciplina e o cuidado de bebês prematuros com eles. Nossa unidade alcançou um patamar de qualidade, de assistência, de equipamentos e de processos de trabalho bastante diferenciado no cenário nacional. Em dezembro, completaremos 31 anos. É muito gratificante ter gente de Minas, do Norte, do Nordeste e do Sul do país querendo nos conhecer, ver de perto o nosso trabalho. A divulgação ainda é pequena, mas tem uma repercussão técnica muito grande, com resultados expressivos”, cita Laura Dias.
A diretora do Centro Nicola Albano comentou sobre registrar a história da instituição. “Estamos escrevendo um livro que comemora os 30 — agora 31 — anos da UTI, e é surpreendente a quantidade de processos e trabalhos que realizamos na região, e a qualidade da assistência que prestamos aos bebês. Atendemos em torno de 13 mil crianças do Norte e Noroeste Fluminense, além da capital”, frisa.
O Centro Nicola Albano possui importante tecnologia que poucos centros dispõem: a hipotermia terapêutica. “Atendemos bebês com asfixia de forma muito especial, com excelente desempenho e qualidade de assistência. Recebemos crianças do estado inteiro — muitas vezes elas vêm de helicóptero, de ambulância, de cidades pequenas. Temos uma UTI neurológica, tanto em Campos quanto em Macaé. A importância dessa unidade é enorme, principalmente porque nós formamos muita gente: médicos, enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas. São profissionais que hoje estão espalhados por toda a região, aplicando o que aprenderam aqui. O Centro também tem esse papel — de treinar, qualificar e ajudar uma comunidade inteira. Muitas pessoas que passaram por aqui hoje trabalham em outros lugares, levando o conhecimento que adquiriram conosco”, diz doutora Laura.
Congresso Brasileiro
A Sociedade Brasileira de Pediatria se prepara para o 27º Congresso Brasileiro de Perinatologia, de 19 a 22 de novembro, no Rio de Janeiro. O Centro Nicola Albano estará presente com estande e parte de seus profissionais. Na ocasião, haverá o lançamento do livro comemorativo pelos 30 anos de trajetória da empresa. “Aproveitamos para convidar todos a estarem presentes nesse evento, que estou ajudando a organizar. Promete ser um excelente congresso, especialmente para os neonatologistas do estado do Rio de Janeiro”, diz Laura Dias.
O presidente do congresso, Luiz Eduardo Miranda, destacou a relevância do encontro e da Sociedade Brasileira de Pediatria, com mais de 100 anos de atuação. “Fui convidado novamente para presidir o congresso, algo inédito em suas 27 edições. As especialidades médicas, ao longo do tempo, foram se reconhecendo dentro de um determinado foco de ensino, de aprendizado e de prática da medicina. O objetivo é compartilhar conhecimento, divulgar novas práticas e alcançar profissionais de regiões mais afastadas, como Sul e Nordeste. O congresso não é só científico, mas também social, um espaço de troca de experiências. É uma oportunidade para apresentar trabalhos, se iniciar na produção científica e aprofundar o contato com a ciência”, comenta.
História e reconhecimento
O neonatologista Luiz Eduardo Miranda revela que, em 53 anos de atividades, contou 17.115 bebês assistidos e registrados. Após visitar as instalações do Centro Nicola Albano, comentou sobre infraestrutura, qualidade e formação de profissionais. “Esta unidade preenche todos os requisitos para ser reconhecida como uma das melhores do Brasil, e até comparável a unidades do interior dos Estados Unidos. Mesmo no interior do estado do Rio, que não possui tantos recursos quanto o interior de São Paulo, consegue oferecer medicina de excelência e formar especialistas que migram para outros estados. A unidade de Campos se tornou um marco. Hoje, na cidade do Rio, não há UTI com resultados superiores aos daqui. Campos vem se destacando progressivamente, não só no estado, mas em todo o país”, completa.
