Plano de expansão do empreendimento campista objetiva ocupar o primeiro lugar no podium
Com apenas duas rodas, o negócio dele já percorreu milhares de quilômetros, ultrapassando os limites de Campos, ganhando as principais cidades do Espírito Santo e de outros estados. Operando com vendas e locação de motocicletas, Marcos Barcelos acelera e já transformou sua empresa na quinta maior do país neste segmento.
Como todo bom motociclista, ele e a esposa, que criaram a empresa no início do ano 2000, primam pelo equilíbrio em cada investimento, com um plano de expansão que vai ganhar metrópoles como São Paulo e Belo Horizonte. Ele olha pelo retrovisor, checa a quilometragem e se orgulha do caminho empresarial percorrido, lembrando do tempo em que fazia motocross em trilhas de terra, e que agora trafega nos principais asfaltos do país.
Sua empresa já pode ser considerada tradicional no ramo do motociclismo. Como tudo começou?
A Itagoita Motos nasceu no dia 6 de outubro de 2000 em Goitacazes. Agora, a gente comemora 25 anos dessa empresa que veio para poder realizar sonhos de muitos clientes, talvez o da sua primeira motocicleta. Em 2008, nós inauguramos a segunda loja, na Avenida 28 de Março com a Rua Doutor Beda, e no mesmo ano, em novembro, inauguramos uma loja perto da Catedral, no Centro. Hoje, nós somos tradicionais no ramo de motociclismo, mas começamos em Goitacazes, com muita dedicação minha e da minha esposa, nos envolvendo sempre em tudo que tinha de motociclismo, inclusive motocross e trilhas. Foi assim que nasceu a nasceu a Itagoita Motos. De um sonho, virou uma realidade e agora nós estamos transformando a vida de pessoas realizando o sonho de ter a primeira motocicleta ou trocar sua motocicleta.
Ao mesmo tempo, outra empresa sua no mesmo segmento está operando no estado do Espírito Santo. Fale sobre isso?
Em 2023, nasceu uma parceria minha com o meu sócio, a Xpress Motors. Inauguramos primeiro em Campos dos Goytacazes e foi a primeira loja de aluguel de motos na nossa cidade. No ano seguinte, em 2024, inauguramos em Cachoeiro de Itapemirim, no Espírito Santo. Em junho deste mesmo ano, inauguramos mais outra loja, agora em Petrópolis, na região Serrana do estado do Rio. Em 2025, a gente inaugurou nossa loja e franquia em Vitória, no Espírito Santo. Estamos indo agora para Linhares, Aracruz, Colatina e Guarapari, cobrindo quase toda a área capixaba. É uma franquia que se tornou uma outra franquia para vender por todo o país. O momento está muito propício e muito bom para aqueles que querem alugar a motocicleta conosco e também para aqueles investidores que também querem comprar uma franquia, abrir seu primeiro negócio, ou o investidor que quer comprar uma franquia, mas não quer ter loja, funcionários e aluguel, e a gente faz toda a gestão.
Você também opera em outro espaço uma grande locadora de motocicletas. Como isso está funcionando?
Estamos reinaugurando, no mês de outubro, a Xpress Motors de Campos, que fica em anexo a Itagoita, na esquina da Rua Doutor Beda. No mesmo mês, estaremos inaugurando a loja de Linhares, no Espírito Santo. Como isso funciona? A Xpress Motors aluga para aquele motoboy que talvez tenha o nome restrito e não consegue financiar uma moto, mas consegue alugar uma moto mesmo nessas condições. A gente tem toda a gestão de aluguel e está expandindo para o estado do Espírito Santo, e a gente vai começar a expandir também mais para o estado do Rio de Janeiro, em Itaperuna, Rio das Ostras, Niterói, Macaé e Cabo Frio. E, consequentemente, também alcançar São Paulo, Belo Horizonte e partindo para todo o Brasil. Como você pode ver, estamos acelerando, porque assim como as motocicletas tudo tem que ser rápido, mas com a devida prudência empresarial. Também, nesta mesma pegada de locação, o que atende aos motoboys e destacando que trabalhamos com a Honda. Hoje, nós somos a quinta maior locadora de motocicletas do país e a gente quer chegar a primeiro, chegar ao topo.
Então o mercado de locação de motocicletas está em expansão?
O mercado de motocicleta está em expansão permanente. Em 2024 superamos todas as expectativas em venda de motocicletas. Foram vendas altamente relevantes. A frota de motocicletas aumentou em todo o país, subindo quase 10% de um ano para o outro e está em plena expansão. O delivery intensificou tudo isso. Desde a pandemia, com entregas de comida, lanches, remédios e tudo mais para as pessoas. A Xpress Motors está na ponta, em quinto lugar hoje no país e em breve o nosso desafio é chegar ao topo. Queremos o primeiro lugar de franquia de aluguel de motocicleta do nosso país. A expansão está muito grande e tem muito território nacional ainda para poder nós, da Xpress Motors, fazermos a gestão.
Como especialista qual a motocicleta, em termos de cilindradas para transitar em Campos você recomendaria?
Eu, particularmente, gosto de moto trail, uma moto alta. Hoje eu tenho uma Tornado, a última que fabricou, 2008, único dono com 45.000km rodado. Mas depende muito da preferência. Eu indico para andar dentro de Campos uma Scooter, tipo a PCX, ou uma Biz, ou uma da linha 160, tipo Titan, Fan e Start. São motocicletas mais ágeis, mais leves, mais práticas e mais econômicas.
Vocês também prezam muito pela conscientização dos motociclistas. Fale sobre isso.
Lá na Itagoita Motos, os colaboradores quando entregam a motocicleta, que às vezes é a primeira motocicleta do cliente, o seu sonho, a gente fala, sim, sobre pilotagem defensiva, uso de capacete, como se deve andar dentro da cidade usando capacete. Então a gente passa tudo para o nosso cliente de maneira bem transparente, que é o ideal. Em suma, a gente prega civilidade no trânsito e temos focado muito nisso. Lutamos muito para que não exista hostilidade no trânsito.
As motocicletas são consideradas já há algum tempo ferramentas de trabalho. Isso se acentuou na pandemia?
Sim, após a pandemia nós tivemos aí um aumento muito grande de trabalhadores desempregados optando pela opção de trabalhar de entrega. De 2000 para cá, esses números de autônomos motociclistas, que fazem o delivery cresceu muito. Então, foi depois da pandemia esse boom, sim.
Você entende muito do seu negócio e tem uma relíquia na garagem. Fale sobre essa motocicleta!
Tirei minha habilitação de motociclista com 18 anos. De lá pra cá, já fiz motocross, trilha, já tive praticamente todas as motos da Honda, já fiz parte de motoclube, já tive Shadow, CB, R600 importada. Hoje eu tenho na minha garagem uma relíquia, uma Tornado 2018, a última que fabricou, único dono com 45 mil quilômetros, onde eu paro, o pessoal olha. A tabela Fipe dessa moto é hoje é R$12 mil, eu tive proposta de R$20 mil nessa moto e eu não vendi, e não vendo por dinheiro nenhum. Eu amo minha motocicleta, gosto muito, não vendo ela por dinheiro nenhum, posso ter até uma outra motocicleta, mas essa eu não vendo. Uma moto excelente, boa para tudo, para dar densidade, então é boa demais.
O que você acha do mercado de luxo que faz motocicletas? Algo fora da realidade?
Temos uma empresa que a gente vende moto de baixa e de alta cilindrada, aí já vendemos várias mil cilindradas, que são motos de quase R$100 mil reais. Então, o que eu acho? Tem um cliente que sai de casa para comprar uma Biz ou uma linha 160, uma Titan, e tem um cliente que sai de casa para comprar uma moto de R$100 mil, R$200 mil. Existem vários tipos de clientes. Eu tenho esses clientes na loja de Campos, e quando eu parto para Vitória, que já é uma capital, eu vejo muita motocicleta lá de alta cilindrada, muito mais que Campos. Aí em Campos nós temos vários motoclubes, tenho vários amigos que têm várias motocicletas de alta cilindrada que custam acima de R$100 mil. Então, eu acho que essas motos aí dependem do público.
Motociclistas circularam muito nesta conversa, mas hoje é domingo de corrida a pé. Sua empresa patrocina o J3 Run. Tecnicamente, o motociclista tem que se exercitar?
Já é a segunda edição em que a Itagoita Motos patrocina o J3 Run Fest. Fomos patrocinadores na primeira e agora na segunda edição. Eu sou motociclista e gosto de me exercitar. Eu faço academia, corro e pedalo. Então um motociclista não só tem que viajar, ele tem que cuidar da parte física e espiritual também, porque se ele não cuidar talvez não consiga fazer uma pilotagem de mil quilômetros, porque talvez ele vai estar acima do peso. Então eu acho que todo motociclista tem que zelar pela sua vida, fazer um exercício físico. Correr é um dos exercícios mais que eu gosto de fazer, porque quando eu corro me sinto bem, eu estou em dia, eu emagreço, fico no peso que eu desejo.
