Crianças pequenas e idosos seguem entre os mais afetados, enquanto vacinação contra gripe está bem abaixo da meta

O número de internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG) segue elevado no estado do Rio de Janeiro, de acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde. Entre os dias 22 e 28 de junho, a estimativa foi de 1.008 internações, embora apenas 69 casos tenham sido oficialmente notificados até o momento. Na semana anterior, a projeção já era alta: 948 internações – mais do que o dobro dos registros confirmados (435).
Em 2025, o Rio já contabiliza 10.691 internações e 762 mortes por SRAG. As crianças com até 9 anos, especialmente entre 1 e 5 anos, continuam sendo as mais afetadas. A procura por leitos hospitalares se mantém alta desde o fim de março, principalmente nas faixas etárias de 0 a 4 anos e acima dos 70 anos.
O vírus sincicial respiratório (VSR) ainda é o principal agente identificado nos exames laboratoriais, embora apresente tendência de queda. Entre os pequenos, o rinovírus também é comum. Já entre os idosos, o vírus Influenza A predominou entre março e junho.
Dentro dos subtipos da Influenza A, o H1N1 foi o que mais circulou em 2025, com aumento expressivo a partir da segunda metade de abril. Apesar de recuar nas últimas semanas, o vírus ainda representa risco, especialmente para gestantes, idosos e crianças – justamente os públicos prioritários da vacinação contra a gripe.
Cobertura vacinal é preocupante
Até 30 de junho, o estado aplicou pouco mais de 2,5 milhões de doses da vacina contra a gripe. No entanto, apenas 1,21 milhão dessas foram destinadas ao público prioritário, o que representa uma cobertura de apenas 27,35% – muito abaixo da meta de 90% estipulada pelo Ministério da Saúde.
A maioria dos municípios ainda registra índices insatisfatórios de vacinação, com destaque negativo para as regiões da Baixada Litorânea, Metropolitana I e Baía da Ilha Grande.
A imunização está disponível nas unidades básicas de saúde dos 92 municípios fluminenses e é considerada fundamental para reduzir casos graves e óbitos provocados por vírus respiratórios.
Fonte: Agência Brasil