segunda-feira, outubro 20

Mastologista do IMNE aponta que os melhores recursos disponíveis no mundo já estão presentes em Campos

Fotos: Josh

O câncer de mama é o que mais mata mulheres no Brasil, de acordo com dados oficiais do Governo Federal. O Instituto Nacional de Câncer (Inca) aponta que são estimados 73.610 novos casos este ano. Ainda segundo o Inca, foram contabilizadas mais de 20 mil mortes pela doença no país em 2023. O Sudeste é a região com maior incidência, com o Rio de Janeiro aparecendo entre os três estados que lideram a taxa de mortalidade. Os dados foram divulgados pelo órgão no início deste mês, compondo a campanha nacional do Outubro Rosa. Em Campos, o cenário é de avanço em estrutura e tecnologia no tratamento da doença, nas empresas que fazem parte do Grupo IMNE.

Mastologista com experiência no Inca, Maria Nagime destaca o alto nível do trabalho realizado atualmente no Hospital Dr. Beda e no Oncobeda, na cidade. “Hoje, a gente já consegue oferecer no Grupo IMNE tudo o que existe de melhor no mundo relacionado ao tratamento cirúrgico da mama. Temos disponíveis todas as tecnologias já estabelecidas nesse sentido. Pacientes já não precisam sair de Campos para fazer mais nada em relação ao câncer de mama”, destaca a médica.

No fim do mês passado, um procedimento inédito de reconstrução mamária foi realizado em Campos pela mastologista, no Hospital Dr. Beda. A cirurgiã trouxe para a região uma técnica de medicina regenerativa, que até então só estava disponível em grandes centros e abriu novas perspectivas para o tratamento do câncer de mama. O caso exigiu a combinação de diferentes métodos reconstrutivos, com a aplicação da lipoenxertia como diferencial. 

“A lipoenxertia viabilizou o procedimento em uma pele que, até pouco tempo, seria considerada inviável. Nós utilizamos fatores de crescimento derivados da gordura, o que melhora a qualidade da pele e permite resultados que antes não eram possíveis. Quando fiz residência em Mastologia, sonhava em trazer para minha cidade o que houvesse de mais moderno. Hoje, podemos oferecer procedimentos semelhantes aos grandes centros”, enfatiza.

Trajetória de duas décadas e muita experiência
Referência na região quando o assunto é tratamento do câncer de mama, Maria Nagime tem mais de 20 anos de carreira, com residência médica no Inca e uma trajetória repleta de especializações: pós-graduação em ultrassonografia mamária e procedimentos invasivos na Faculdade de Tecnologia em Saúde (Ribeirão Preto-SP), aperfeiçoamento em técnicas de reconstrução mamária no Hospital Araújo Jorge (Goiânia), atualização em lipoenxertia e mamoplastia oncológica no Hospital das Clínicas (Porto Alegre), além de pós-graduação em imaginologia mamária. Em meio à pandemia de 2020, conquistou o título de especialista em mamografia do Colégio Brasileiro de Radiologia. 

Nagime é engajada também em importantes iniciativas sociais voltadas ao tema. Faz parte do Breast Saving Group – grupo de mulheres cirurgiãs que promovem cursos para difundir a oncoplastia no Brasil – e chefia o Campos Sempre Rosa, programa idealizado por ela, dedicado à capacitação de profissionais para uma detecção mais rápida e eficaz do câncer de mama na rede municipal de saúde. Hoje, atua especialmente como cirurgiã, pautada na saúde das mamas e da mulher. “Atualmente, trabalho muito na reconstrução das mamas, tanto nas minhas pacientes quanto nas pacientes de outros mastologistas que trabalham na nossa equipe. Costumamos discutir os casos e planejar as cirurgias, tanto de retirada da lesão quanto de reconstrução imediata, associado à retirada do tumor”, diz a médica. 

Importância do diagnóstico precoce
O Outubro Rosa é um movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama, criado no início da década de 1990. A doença é o tipo de câncer que mais mata mulheres no mundo. No Brasil, desde 2018 foi instituído o mês de conscientização sobre o câncer de mama, com atividades pré-definidas a serem desenvolvidas em outubro, voltadas ao compartilhamento de informações e à conscientização sobre a doença, proporcionando assim maior acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, contribuindo para a redução da mortalidade. Referência em Campos e região, Maria Nagime destaca a importância do diagnóstico precoce: 

“A paciente deve procurar um mastologista a partir de qualquer alteração que visualize ou perceba. Orientamos sempre pelo autoexame. É importante a mulher ter esse autocuidado e conhecimento do próprio corpo. Mas, é importante ressaltar que o diagnóstico precoce deve ser estabelecido com a mamografia, principalmente porque quando os nódulos que são palpáveis já se perdeu um tempo muito precioso nesse processo. Então, a partir do momento que a paciente palpa alguma alteração, ela já perdeu muito tempo no diagnóstico”, explica. E acrescenta:

“Em vários casos, se tivesse sido feito o exame de mamografia antes, a gente conseguiria pegar tumores muito mais iniciais. Assim, seria possível realizar tratamentos muito menos agressivos, que proporcionam uma cirurgia muito mais conservadora, conservando o próprio tecido da mama, bem como volume e forma, muitas vezes também melhorando o aspecto”, complementa.

Além das unidades do Grupo IMNE, o trabalho de Maria Nagime também pode ser conhecido através do Instagram @mastologianagime e o contato pode ser feito ainda através do WhatsApp, através do telefone 22 99983-3944.

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