As ocupações começar entre a noite de domingo (31) e a madrugada de segunda (1)

Integrantes de um movimento de reforma agrária ocuparam duas propriedades rurais na localidade de Caxeta, em Campos, entre a noite de domingo (30) e a madrugada desta segunda-feira (1). As ocupações envolveram os acampamentos Leonel Brizola I e Leonel Brizola II.
O primeiro grupo entrou na Fazenda Pedra Negra, no fim da noite de domingo. Horas depois, no km 104 da mesma região, outro grupo ocupou a Fazenda Maruim Amada. De acordo com a Polícia Militar, até o momento não houve registro de conflito e a mobilização segue de forma pacífica.
Nas redes sociais, a coordenação do Acampamento Leonel Brizola I afirmou que os integrantes foram comunicados a deixar o local onde estavam instalados anteriormente. Segundo eles, a saída os deixou em um cenário de “insegurança e indefinição, sem garantia de um espaço seguro para permanecer e dar continuidade à organização”.
Ainda na postagem, o grupo informou que busca orientação de entidades como a Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais Agricultores e Agricultoras Familiares (CONTAG) e o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA). O objetivo, segundo eles, é garantir que os direitos das famílias sejam preservados e que haja o reassentamento em uma área adequada.
Grupo relata avanço em negociações
A comunicação do Acampamento Leonel Brizola II informou ao J3News que participou de uma reunião com o representante do Incra, Paulo Ronan, além de policiais militares e da polícia rural. Segundo o grupo, ficou acordado que, ao longo do dia, haverá conversas com a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, o Grupo Othon, a Federação dos Trabalhadores Agrícolas (Fetagri) e integrantes do acampamento, com o objetivo de chegar a um possível acordo para a permanência no local, sem avanço sobre a área ocupada.
De acordo com o acampamento, o entendimento preliminar prevê a realização do cadastro das famílias acampadas e a continuidade das tratativas entre a Fazenda Nacional e o Incra, que “já demonstrou interesse na propriedade para fins de reforma agrária”
O movimento afirma que mantém cerca de 110 famílias no local, incluindo crianças, idosos, mulheres, pessoas com deficiência, neurodivergentes, jovens e adultos. “Nossas principais demandas com esta ocupação pacífica são a permanência na fazenda até a entrega das terras para reforma agrária e a realização do cadastro das famílias pelo Incra no local da ocupação”, informou.
A redação também fez contato com o acampamento Leonel Brizola I e INCRA aguarda retorno.

